Eu sinto sua falta, sempre sinto.

Eu sinto sua falta todo dia, toda hora, todo momento. É como se uma parte de mim estivesse faltando, estivesse ido embora. E ela foi, mas no caso eu fui. Sinto falta de acordar todas as manhãs sabendo que meu dia irá melhorar, pois verei o sorriso que me faz sentir tudo. Ouvirei minha risada preferida e saberei que tudo ficará bem. Mas nem isso eu tenho mais, só me restou a saudade. Nem o sorriso eu consigo ver. Não consigo tocar e muito menos sentir. A saudade me consumiu, virei a saudade. Engulo o choro para não desabar, mas já desabo toda hora, sem ao menos perceber. Um deslize sentimental, vira um rio de lágrimas. Então eu sinto saudades de tudo, até daqueles que não estão na história. Sinto falta dessa pequena grande cidade que mora em meu coração. Eu a odiava, mas aprendi a amá-la. Aprendi a amá-la, porque o meu motivo estava ali. Eu ainda a odeio. A odeio por ela ter sido tirada de mim. Assim como você foi. Não sinto raiva pelos motivos que estão por trás de eu ter de ir, mas sim porque sou inconformada com isso. Eu sinto sua falta. Sou fraca demais para aguentar isso. Mas te perder é pior. Saber que nunca haverá uma chance é pior do que ser a saudade. Não quero recomeçar. Sozinha, não. Recomeçar ao seu lado. Sim. Mas nem tudo é do jeito que a gente quer. O mundo não gira conforme a nossa vontade, por mais que queiramos, nunca girará. Seremos apenas pedras esperando uma evolução que nunca vem. Eu sinto sua falta. Sinto falta de cruzar nossas mãos, olharmos um pro outro e sorrir. Sinto falta de nós dois abraçados e logo separados por uma regra. Uma regra que achávamos um grande empecilho, mas olhando agora, essa distância carrega consigo uma dor maior que uma pequena regra. Lembro-me do nosso pequeno-grande-adeus-momentâneo. Foi algo tão sublime, tão triste, mas tão lindo. Fizemos promessas um ao outro que carregamos conosco. Eu aguento todos esses dias sem você, por saber que um dia você voltará para mim. Que qualquer dia desses você baterá em minha porta e me dirá um “oi” que só você sabe dizer.  Me abraça e me protegerá de tudo. Fará com que eu seja o que sou. Fará com que eu me torne o nosso nós. Nosso eu e você. Eu sinto sua falta. Sinto e sinto, sem nem pestanejar. Não sei mais o que ser e o que criar em meu mundo imaginário. A vontade de te ter é maior que tudo. Mas ainda há a esperança, há a confiança no tempo e em você. Acredito nesse futuro incerto. Acredito que ele me trará flores e junto as flores, estará você. Dois presentes com uma tacada só. Rosas vermelhas, por favor. Viramos lembrança em um pequeno espaço de tempo que nos significou tudo. Sou a lembrança da saudade, que vive viva dentro da nossa caixinha embrulhada de amor. E nela é guardado consigo aquela nossa vontade um do outro. Guarda consigo a verdade sobre nós dois. Sinto sua falta. Não é pouco, nem só um pouquinho. É muita. Um muito sem medida, que caminha entre os pedaços do meu coração. Fui despedaçada por uma escolha. Uma escolha bem escolhida, sabendo dos prejuízos e dos avisos. Não me arrependo de nada do que fiz, mas arrependo-me daquilo que não fiz. Eu sinto sua falta. Falta que me traz de tudo, menos você. Falta que não falta sempre presente, sempre inalcançável. Assim como aquelas estrelas no céu. Aquelas que culpamos por nos separarem por mares e estradas de distância. Sinto sua falta, pois a saudade é um enorme pedaço desta grande falta que tu me faz. Sinto sua falta porque você é tudo e mais um pouco daquilo que sempre sonhei. Sinto sua falta, pois a saudade me roubou tudo, menos essa falta. Só não roubou a esperança. Só não me roubou esse nosso amor.” Isadora Vieira.  

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