Resenha: O Diário de Anne Frank

''Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser.'' Anne Frank 

Quando comecei a ler o livro já tinha ouvido falar muito dele, mas nunca pude tirar uma impressão exata do que as pessoas realmente pensavam sobre ele. Minha impressão sobre o livro: Apurado, cativante, detalhista, interessante, e extremamente tocante.
Para os que acham que o relato de uma criança que fala sobre ela mesma do que sobre a guerra não é interessante, eu tenho que dizer que vocês estão extremamente enganados. Nos dois anos que Anne passou no anexo, o leitor pode vivenciar o amadurecimento de uma menina em plena puberdade. É interessante ver o quanto Anne muda, o quanto ela se torna uma pessoa maravilhosa. Os relatos, extremamente precisos e sentimentais, são tão vívidos que eu consegui muitas vezes me sentir uma parte do cenário. O leitor pode perceber como era a sociedade da época nos mínimos detalhes; a moral, os costumes, as normas... Pode também ter um ponto de vista imparcial sobre os outros personagens, pois Anne mostra os dois lados das pessoas.


O Diário de Anne Frank é um livro que doeu-me muito ler, principalmente por saber que foi uma história real, e por saber que eu poderia ter passado pela mesma situação. Admiro muito a coragem de Otto Frank (pai de Anne), que mesmo sabendo que o livro tem relatos íntimos, decidiu que o mundo não deveria ser privado de saber como foram árduos aqueles dois anos que passaram, e nos deu o prazer de saber o quão maravilhosa sua filha foi.
Anne foi uma pessoa extremamente detalhista, com frequência escrevia sobre as refeições, os passatempos, as dificuldades e os sentimentos de uma pessoa que vivenciou a guerra, de um jeito que nenhuma outra conseguiu. Mostrou também como as pessoas mesmo em tempos difíceis conseguiram ser prestativas e piedosas. Mais do que um relato, o livro é uma lição de vida. Em alguns dias, o modo como ela desejava tão intensamente, as pequenas coisas, nos faz perceber o quão grandes elas são e o quanto nós somos sortudos por não passar por essas pequenas privações que fazem muita diferença sem que nós notemos.
Uma frase de Anne que eu adorei: ''Recordações valem mais do que vestidos.''

Ao fim do livro, concluímos que: Anne Frank é uma pessoa dona de caráter e inteligencia gigantescos, e também dona de um espírito de jovem revolucionária.
Um dos melhores livros que já li. Recomendo! Não vão se arrepender.
Beijo =*

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